Oriana Fonte

  Em silêncio

Como se fosses o ar puro da manhã
Como se fosses o mar que se agita com energia
Como se fosses o fogo ao latir sobre o metal.
Como se fosses o ferro que geme quando o atormentam.
 Eras  sempre Tu!
Como o ar da manhã, o mar e o metal duro... Consolavas-me!

O meu mundo

O meu mundo é só  meu!
Do mundo dos outros nem sempre compreendo o conteúdo.
Todos vivemos, mas as comoções são diferentes!
Vejo todos os meus momentos, singulares!
Sinto a minha realidade, na essência do meu ser.
Na conformidade com os instantes, percepciono o dever.
Na razão da existência debato-me com a consciência do dever ser!
Vou procurando  ler alguns sinais...
Nem sempre consigo perceber esses instantes que não são meus!
E os meus? Desatino, quantas vezes!...

O Possível

Consertar o impossível-não!
O vaso despedaçou-se.
A mistura na paleta decompôs-se.
Partir para outra viagem...
O tempo-ontem---
O tempo e o conserto  ditarão....
Será o possível, com o conserto viável preencher o presente!...

Introspecção

Num ápice dar graças por ter paciência.
A calma é boa conselheira.
Compasso a compasso ordeno as ideias circulantes...
Nada é retornável...
Tempo curto, consciente mas cheio de vida!
Nada me assusta senão a doença.
Alimento-me de pequenos nadas...
Doar aos outros, com gestos simples, um pouco de esperança.
Em pensamento  é válida a construção da comunhão...transmissão de energia positiva.
Afinal não é o sonho que comanda a vida? (já dizia António Gedeão).

Sensibilidades ( in arquivo)

Coisas pequenas que se quer dar...
Um grande amor não é coisa pequena, mas feito de pequenas coisas, é uma conquista permanente.
 Um punhado delas, o homem deseja!
Confirmação é necessária... nem sempre resolvida...
As palavras gastam-se.
São pedaços de nós mesmos. Nem sempre se consegue lidar com elas.
Outras palavras, outras percepções se vão procurando...
Noutras coisas que signifiquem algo
Quando as palavras vãs dominarem, tudo ficará submerso: o vazio será a amplidão, no mundo imperfeito e até confuso...

SÍNTESE

Risos rasgam-se.
Choros impõem-se.
Momentos de ternura.
Momentos de mágoas - eis a dicotomia.
A vida de um palhaço.
O trajecto de uma vida!

(desenho autoria de Tomás Norton com 10 anos de idade. hoje Arquitecto com 39 anos)

A fraqueza do Ser

Quebrou-se o cântaro antes do tempo.
Cada pedaço ,uma lágrima sua.
Cada pedaço, uma perda sua.
Juntá-los, parece impossivel...Dispersaram todos!
Já não combinam entre si...e alguns faltarão!

De mãos dadas

A Poesia alia-se  à Química_ os elementos diluem-se, suspendem-se, dispersam-se, podendo dar lugar a um novo composto- nova interpretação...
Pela  Física recebe a energia que alimenta as saudades, os amores,as mágoas, os olhares...
Há domínios que se interpelam...
A velocidade faz girar movimentos.
Projectéis lançados, pedaços de pólvora a provocar trajectórias e destruições.
Energia celular, molecular, atómica...as palavras transmitem, em todos nós.
 Nas vogais, nas consoantes, nos ditongos arrastam-se   melodias, sinfonias.
Umas controladas e suaves; tristes acordes também!
O Universo é uma melodia universal de todos os seres, tendo as estrelas por reflexos emergentes ...

Harmonia (Tem endereço com Parabéns)

No apego à vida vislumbro a harmonia.
Do real como o vejo, a harmonia existe.
Nos homens de hoje, nem sempre.
Na vida de alguns, do meu tempo de juventude, ainda é presente
Fragmentos dela orientam-me...
No voo das aves eu queria partir.
Daqui levar o mar no olhar, o pendor do ar de todas as manhãs.
A noite aí é mais linda!
Partir queria eu, para onde o rio tanto chora à partida de um doutor!
Lá deixei um fragmento do meu olhar...


( Evoco o trovador das baladas, do fado de Coimbra, Luis Goes, um dos meus eleitos,
pela condecoração póstuma, dada pela SPA. Lamento não te sido dada em vida! )

A Poesia- Libertação

A Poesia é Amor.
Sai de mim,vai para onde quer ir...
Não a seguro nas mãos; os pensamentos descolam-se...fogem.
Não tem cor,não tem destino.
Entrega-se,envolve-se com quem a quer para se deleitar.
Nada pede.
Entra nos nossos olhares e nos dos outros.
Existe nas flores,nos animais, na Natureza.
Dá um amor especial-A Liberdade.

Reflexões (in 2009)

Os bloqueios psíquicos traduzem mecanismos operatórios de alto risco.
Não caminham na direcção do engrandecimento pessoal.
Inibem o debate de ideias e consequente/ a prática/reparação de atitudes.
Criam frustações, por vezes lesivas para o resto da vida.
Provocam no outro um incómodo acumulativo.
 Por fim, levam ao desprezo e até à destruição do outro.
O outro  pode antecipar-se, afastando-se, para não entrar ele próprio em bloqueio e sobretudo em desespero.

Razões sem atoardas ( in Arquivo de 1998)

Sentir a maré alta-Quero!
Percepcionar o acordar dos peixes.
Para quê pedir auxílio?
Par quê pedir opiniões?
Lançar a cana...caminhar sobre o mar.
Deslindar o acordar...sofreguidão por aparecer.
Quero sentir...


Na razão do Ser e do Existir há diferenças abissais?
O Ser é o sentir/pensar.
O Estar é o existir/emoção.
Perante tal situação, as diferenças não são tais.
Para sentir , é preciso existir.
É no existir que estamos.
 Os meandros são tonalidades da mesma essência- a existência.

Um cântico

Um Cãntico

 Lavro um cântico incondicional.
Entrego-o à ave mais veloz.
À brisa que desliza rápida.
À onda electromagnética mais poderosa.
Que o levem oa seu destino---
É uma prece ao ideal de perfeição.
É uma curta sinfonia de belos acordes.
É umamensagem de saudade e de paz.
O inconformismo neste momento!
O canto é uma terapia.

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Constatação ( um cenário expressivo)

Um palheiro ou um pardieiro- tanto vale!
Uma mistura de confusões e de negações.
Um role de discórdias!
Um mal físico-mental.
Os pássaros rondam...
Os ratos rastejam.
As aranhas tecem...
Confusões!...
 O Homem entra em cena...não descortina.
Reduz-se a uma peça do palheiro e cai!
Novos  encontros se vigoram...
Há a magia da vida- as impressões!
Da mistura sórdida, as compaixões se cruzam.
Nesse palheiro a busca da agulha é uma constante...nem sempre conseguida!

Reflexão- A roda da Vida

Voltas completas;voltas por completar, na dança da vida.
Muito a fazer para atingir o quase perfeito.
Teceduras: rendas,brocados,cetins, tudo aberto no pensamento...
O tempo encarrega-se de encaixar, de formatar, de vestir....
De herança, deslindado está; o mutável é mais arrojado...
No compasso, as mais  ilusórias cabem nos sonhos por deslindar.
Porém geradas por silêncios breves ou demorados, emperradas ficam.
A vida continua lenta,vaga , adormecida....
Um dia os arcos das voltas falarão por si.O trajecto estará concluido.

Caracterização ( repto ao Artista

A transar em loura
Loira em trânsito.
De extravagâncias vestida!
Ar cândido à mistura com Mona.
Entra em Toulouse-Lautrec; infiltra-se em Gaugin.
OS seus odores incomodam, por vezes.
Prodígios, fraquezas,malquerenças e gostos, de tudo é pródiga.
Mais ainda! Supérflua ao rubro; santa nas intenções.
 Perda de tempo nas horas a fio e nas intermitentes.
Malgrado meu, temo pelos deslizes...
Mas constato... Há convicções...Há luxos...Há carnaval!

Meditação ( de 03 de Abril de 2011- em arquivo)

Em êxtase, concentro-me no inviável...
As saudades são longas e inconclusivas.
A Juventude salta no presente, vivido em instantes...
Recordo as brincadeiras em conjunto, na casa de meus Pais.
Mesmo com um punhado de regras, despontavam as traquinices!
Hoje, de ti, Prima, anima-me  uma dose de meditação, que doi, mas afirma a unidade do Ser.´
És tu que dominas esta dor, na ordem do teu Ser,em mim!
 (recordo o dia 15  de Março)

Análise Profunda

De tudo um pouco./ Alguns transmitem desejos,saudades, sentimentos;se são sentidos,para mim é uma incógnita./Outros roçam a ironia, criam a dúvida ou a convicção./Afectam -me todos, os últimos são cáusticos. /
A maturidade exige tempo. as pausas são por  vezes convenientes; Mas o diálogo ajuda a compreender/ até quando? até sempre, digo eu. /  As decisões têm que  ser ponderadas e aturadas./ A vida do passado conta, por muito que se queira filtrá-lo e silenciá-lo quando é urgente. Assim se curam as mágoas e parte-se para um novo tempo. /  Traça-se a rota sem intermediários, estes envenenam os atalhos , se o caminho assim exigir: nem tudo são  flores, rubis, seixos, água verde , pura,mas a solução  terá que ser frontal, directa. ( De 2009- com actualidade).

O dia de ontem - Memórias II (2010)

A minha vida ficou suspensa num leve raio de luz. O brilho é intermitente, por vezes translúcido. Suspensos estão meus sentimentos reais. Procuro esquecê-los para "puxar a vida...". A consistencia nem sempre me acompanha e  quando me interrogo, não sei o que pensar.... Não quero criar ofensas, malfeitorias  a terceiros- eis a questão! Outra narrativa para ler, trará por certo mais luz, dará mais intensidade e verdade...

Cristalizações

Dai-me parte dos vossos sorrisos/Dai-me um pouco dos vossos sossegos/ Uma parte da vossa paciência.../ E se vos consolar dai-me uma parte das vossas mágoas  existenciais. / De tanto sofrimento que engoliram, repartei comigo, parte dele (os dois)./ Dai-me parte   da vossa vida para preenchimento da minha, já no inverno.../Um pouco de tudo isto para ter uma certa paz de  espírito  e sentir que existo com sentido .

Reflexões (à minha irmã que ontem fez anos )

São muitos e variados os dons. Deambulações desencadeiam-se entre eles, transmitindo-os de diversas formas./ Testemunhos são da nossa personalidade, humanidade divinizada/ A vida pode transmitir a santidade através de qualquer deles; gratuitos são.../Para uns  os dons tomam a forma de  talentos. Serão. Aceito. Agradecer à vida por poder posuir um que seja, para ajudar os outros, é uma conquista. Parabéns.

Memórias ( 2oo3 e 2010) in Arquivo

PRETENSÕES ( EM ARQUIVO Julho de 2010)

Parar para pensar!Para quê, se pensar é um acto contínuo?
Para  harmonizar o pensamento,por vezes em turbilhão.Para a realização de um fio condutor da vida presente. Para o amanhã ser melhor que o hoje.  Para consertar tudo o que se rompeu sem dar por isso...Para ter a consciência de que recordo.Para poder saber que existimos. Para sentir...

Alegria com sorrisos (in Arquivo)

Na borda confinada às dunas, a invasão do mar,encimado de prata desperta-me, parto para a reflexão.../Espelho da vida! Da eternidade!/ Deslumbra-me e então sorrio com ênfase prateada/Chegar ao mar! / Hino de Alegria/ Falar do mar/ Contemplar , Sofrer, deleitar os olhos no mar.../ Emergir no Mar/ Imersão no mar- desejos quando a  angústia impera, mas a  razão é mais forte... (2001)

Estado de Alma

Vivo livre no meio da multidão/ Solidão, por vezes aperta-me o querer/Sentir ãnsea de viver em acção,eis a questão!/ Luto para que no âmago prevaleça a socialização./ Mergulho nas tarefas espirituais,como consigo.../Arranco a dor quando me que impor letargia à alma./ O presente é sempre uma luta permanente, construtiva.
   (14 /Março de 2012)

Espelho,espelho meu

Olho-me ao espelho. Basta-me um e plano./Assumo a minha imagem,interpretando-a e sei que nem sempre concidem com as impressões que me transmitem.../ Fazer a filtragem nem sempre é fácil/Nem sempre as mereço./ Sei que estou a envelhecer e não quero  tomar medidas radicais.../A rotação a 180º já a fiz, mental/ luto pela serenidade/mas gosto de conviver,viajar, partilhar e de uma boa gargalhada,por que não?/Para quê estar passiva? Não complicar o que é simples!!!      (2O12)

Ser mulher (em arquivo)

Sou mulher que grita na Primavera./sou mulher de Março a Outubro/Fui criança com olhos de Verão/ O rosto marítimo renasce em cada Primavera!/ O olhar luzidio se torna no Maio Mítico.../ Preparar o olhar para o continuar...Maio sempre Maio.../
A minha cruz continua como a de Cristo.../O peso que carrego é flutuante/Suspiro por...
por paz,pelo menos.   
    (Datado de 2000, Out.)

Mensagem (II) Arquivo

Prefiro o definido pelo indefinido/ o concreto pelo abstracto/ o científico pelo
empírico/O humanístico pelo desumano/ A bondade, a tolerância e a solidariedade...Tudo o mais, será demais!/ Fico com este punhado de sonhos...para viver
para viver melhor...

Viver melhor( Mensagem II- em arquivo)

Em resposta ao teor do Poema de Ruy Belo, lançado no meu blog, atrevo-me a contrapor: Prefiro o definido pelo indefinido/O concreto pelo abstracto./ O ntífico pelo

Mensagem (I)

Levar o  teu  coração preso ao  meu, numa viagem etérea.
Contemplar a aridez dos rochedos.
Deter a lucidez nos castelos.
Levar preso ao peito, o meu coração com a saudade de dois.
Fui e regressei com uma mão cheia  de   comoções.
Vim para o Castelo, no norte,  disfrutar a plenitude e a imensidão  do mar,
a serenidade da paisagem e a multiplicidade da beleza.
Vou à praia!

      Maio de 2012

Sentimentos ( Arquivo da autora)

Ponto por ponto a vida vai ponteando./ As pontes  entre eles chegam  como lances de água doce. / O tempo dita os sons enganchados para sempre numa certa nostalgia./ Hoje não comando esses  lances / Há um profundo silêncio e o dia parece não ter fim/ de tom em tom os minutos regem o compasso/Estou expectante e confusa...( Maio de 2005).

Intermitências do sentimento de si

Vivo muito do presente./sobrevivo com minhas memórias./Muito pouco desafio o futuro/o constante momento é a razão./ Preparo o instante ,suspenso nas emoções, ainda que retraídas.../UM jogo-a vida./ UM estranho jogo nas minhas mãos/Recuos e avanços saltitam./ As pedras mexem com dualidade./Memórias filtradas atravessam os sentimentos e encharcam os vários momentos/ Fixam o trajecto do tempo que corre./O presente permanece! (Ano de 2003) no arquivo da autora De 25 de DEz de 201o (no arquivo) Um olhar decisivo nas acções/UM forte pulsar no âmago desse olhar/ Turbulento quando se deparam más realizações.Límpido, crítico, quando julgo a vida de que a fada ditou./Parte desse olhar, construção minha...Parte desse olhar, fruto de uma carga predisposta, creio!/ Perante esta análise, sigo em frente com interrogações...

Uma vera opinião

Ao ir descascando uma cebola,o pensamento media a interpretação de cada camada; umas enganosas pouco sadias, outras já degradadas, até que chegei à última.Parei-não passa da vida de cada um de nós;encaixamos ,despimos máscaras umas atrás de outras; Nem tudo o que parece é. A máscara sai á rua no Carnaval, para quê? se todos os dias andamos com uma ou mais máscaras? Quando digo nós, estou incluida! mal de mim se assim não fosse!!! Não estaria senão noutro planeta e seria um ET. A verdade e a razão não são absolutas, eis a questão.

Uma dádiva

A um amigo não lhe dava uma rosa, pelos seus espinhos. Uma grinalda de botões de ouro,nascida de uma trepadeira. Exala harmonia, beleza e alegria(optimismo).É de folha pequena, moldada pelo divino, desconheço a sua origem. Já a admirava no quintal de meus avós, em Viatodos. Não é exigente,trepa e floresce em Março. Ao meu amigo oferecia-lhe um ramo de botões de ouro, tal a simplicidade recíproca! Acordei com este retrato, logo pela vidraça vi que a trepadeira existia, florida... Depois nasceu um desejo...oferecer... Março de 2012

O meu jardim

Duas flores, no masculino, dão a vida consciente no presente. Tenho outras plantas,as que a terra alimenta; gostava de ter um lago para ter nenúfares e papiros. Porém sonhos sem pesadelos ditam o dia,sem desejar o que é impossível. Não queria viver longe de mim, confirmo!

uma reflexão

"Quem conseguir subir da terra à torre/QUEM CONSEGUIR SUBIR DO MAR AO MASTRO;/despir aí, o peso inerte, o lastro do próprio corpo onde o suor escorre-/::::/Quem conseguir vencer essa distância/ na ânsia vulgar de diminui-la, na Ânsia DE DECIFRAR...O QUE DECIFRARÁ?! ( EXT. PARTES POEMA DE Mª Emília Sena de Vasconcelos-A Reticência...Porém) . Leave me alone women colleague.

As idas a Coimbra

Sempre que vou a Coimbra...
Há magia...Tudo provoca sentimentos./No espaço vislumbra-se a Torre,imponente!/Relançamentos de quadros académicos./Romances...uma plêiade de colegas e de professores.../Das pedras nascem comoções.Nostalgia no presente para o futuro viver./::::/Há um rodopio de arte mansa e majestosa arquitectura./ Amores passionais, eternizados de reis e raínhas com vidas dolorosas e amores sofridos./::::/HOJE TUDO LÁ ENCANTA,AINDA!
À partida um aperto sentido. Um deslize de olhar fugidio./;;;;;;;;

          Janeiro de 2004   ( ainda tem actualidade) 

Anos mais tarde soube que houve reunião de Curso neste 2004 ,não fui contactada    Vou lá quantas vezes eu quiser até porque tenho lá familiares. Ainda  em  Março estive lá , só ,mas com a alma embalada por canções, fados e baladas ( a do rouxinol) Não esquecer!

Análise ao poema de Miguel Torga- Lembrança

" Coimbra tem mais encanto na hora da despedida...." de Fernando Machado Soares (uma balada)
Miguel Torga  estudante de Medicina ,transmontano de gema ,  ficou a viver  em  Coimbra onde  exerceu medicina
e tendo por outra paixão a escrita.
Deixou-nos um legado poético  extraordinário!
Na "LEMBRANÇA" o poeta exprime um estado emocional  de desalento,  por quanto "...Na maior noite/ na maior solidão...do quadro descrito como vivencial. só lhe restou-"o cheiro." do ramo de flores  ....
Penso estar perante um estado de alucinação ´de que genialmente o soube descrever ao longo de todo
poema. Desânimo, sofrimento também transmitidos ,entranhando-se en cada um de nós.

      Leva -me a pensar no seguinte fado de Coimbra, saído da voz de  Luis Goes-" Fecha os olhos de
mansinho/ não os abras para ver  / que a vida de olhos fechados custa menos a viver /custa menos a viver(...)...

Por vezes valerá a pena agir assim . Penso!

A escolha entre o1º DE DEZ. E O 5 DE OUT.

Pugno pela manutenção do 1º de  Dez de 1640, pois restaura a independência de Portugal, depois de sessenta anos de dominação espanhola.  A  república seria evocada aquando o 25 de Abril .

O Desejo do presente

Vivo em Terra com os pés mergulhados no mar.A Água é o meu destino fatal.
O rio conduz-me no meu todo pensamento
Gostava de viajar pela imensidão do mar.
Ver Afrodite sentada numa fraga, à espera de tudo ou de nada.
Contemplar Calipso,apenas.
Descer às profundidades e conviver com os peixes do Índico, de variadas cores; com as anémonas e as ostras.
Trazer uma pérola- contentar-me-ia . Seria Fogo!
Como tudo isto é impossóvel, contento-me em ver o mar, até dentro de um aquário.
A paisagem anima-me.